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Pela primeira vez, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, reconheceu publicamente problemas que atrasaram o pagamento de emendas impositivas destinadas a deputados estaduais, prefeituras e organizações não governamentais. “Tivemos problemas, sim, seja de gargalos no próprio poder público nosso, seja nos municípios, seja nas organizações não governamentais para as quais estavam destinadas as emendas”, afirmou Lyra.

A vice-governadora Priscila Krause também destacou que parte do problema está relacionada a falhas na documentação apresentada por prefeituras e entidades. Em resposta, a gestão estadual criou uma força-tarefa para superar os entraves burocráticos e acelerar os repasses.

“Estamos uniformizando procedimentos e auxiliando os beneficiados na elaboração dos planos de trabalho”, explicou Raquel Lyra durante um evento sobre políticas habitacionais, realizado fora de São Paulo pela primeira vez. Segundo a governadora, as diferenças nos processos internos das secretarias estaduais e a burocracia excessiva foram fatores críticos para os atrasos.

A situação gerou apreensão entre equipes que há mais de uma década executavam projetos semelhantes sem dificuldades. A Assembleia Legislativa de Pernambuco entrou com um pedido formal de explicações, e o Governo tem até o dia 6 para apresentar os detalhes sobre o ocorrido.

Dados mais recentes apontam que, até a última sexta-feira, o Governo havia empenhado R$ 100 milhões, liquidado o mesmo valor, mas efetivado o pagamento de apenas R$ 51 milhões. A expectativa agora é que a força-tarefa contribua para regularizar os repasses e evitar novos atrasos.

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